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Margens de São Luís
* Por Alex Brasil
Em tuas margens
há uma flora
que mais se multiplica
quando uma criança chora
pedindo outra palafita
que a morte não demora
para almas raquíticas
com sarampo e catapora.
Cresce em tua periferia
uma cancerígena miséria
antipoesia, anti-humana,
por entre o mangue, por sobre a lama.
Floresce em tuas margens
homens desvalidos,
infâncias sem pastagens,
úteros poluídos...
E mesmo assim, São Luís,
o menino vadio, no olho da rua,
teima em ser feliz diante da realidade crua,
que o condena à própria sorte –
esfomeado de vida
só engole a morte nas tuas margens, São Luís,
cemitério de crianças apodrecidas.
(Livro “Meninos de São Luís” – 1992)
* Poeta, publicitário e membro da Academia Maranhense de Letras. Tem duas dezenas de livros publicados
* Por Alex Brasil
Em tuas margens
há uma flora
que mais se multiplica
quando uma criança chora
pedindo outra palafita
que a morte não demora
para almas raquíticas
com sarampo e catapora.
Cresce em tua periferia
uma cancerígena miséria
antipoesia, anti-humana,
por entre o mangue, por sobre a lama.
Floresce em tuas margens
homens desvalidos,
infâncias sem pastagens,
úteros poluídos...
E mesmo assim, São Luís,
o menino vadio, no olho da rua,
teima em ser feliz diante da realidade crua,
que o condena à própria sorte –
esfomeado de vida
só engole a morte nas tuas margens, São Luís,
cemitério de crianças apodrecidas.
(Livro “Meninos de São Luís” – 1992)
* Poeta, publicitário e membro da Academia Maranhense de Letras. Tem duas dezenas de livros publicados
Uma realidade tão dura retrada numa
ResponderExcluirbela poesia.
Parabéns