

Ao tempo
* Por Evelyne Furtado
De lá para cá, quanto tempo? Desistiu de contar dias, meses e anos. Colecionar datas significativas deixou de ser importante desde que percebeu que doía mais que soprava.
Os fatos, não esqueceu. Muito menos as pessoas ligadas aos fatos. A memória afetiva trabalha a seu favor. Apega-se ao bom e segue do jeito que pode seguir.
Buscar uma lembrança boa ao despertar tornou-se um exercício diário. Hoje procura as melhores recordações quase naturalmente, mas em determinado período de sua vida o dia começava com a luta para se desfazer do que lhe afligia.
O tempo é santo. Faz milagres na memória tornando quase invisíveis as imagens tristes e inaudíveis os sons traumáticos. O calendário marca os dias na mesa de trabalho, na parede, no monitor e no celular, enquanto ela faz preces ao tempo, como já fez Caetano.
• Poetisa e cronista de Natal/RN
* Por Evelyne Furtado
De lá para cá, quanto tempo? Desistiu de contar dias, meses e anos. Colecionar datas significativas deixou de ser importante desde que percebeu que doía mais que soprava.
Os fatos, não esqueceu. Muito menos as pessoas ligadas aos fatos. A memória afetiva trabalha a seu favor. Apega-se ao bom e segue do jeito que pode seguir.
Buscar uma lembrança boa ao despertar tornou-se um exercício diário. Hoje procura as melhores recordações quase naturalmente, mas em determinado período de sua vida o dia começava com a luta para se desfazer do que lhe afligia.
O tempo é santo. Faz milagres na memória tornando quase invisíveis as imagens tristes e inaudíveis os sons traumáticos. O calendário marca os dias na mesa de trabalho, na parede, no monitor e no celular, enquanto ela faz preces ao tempo, como já fez Caetano.
• Poetisa e cronista de Natal/RN
Que lindo, Evelyne! O tempo opera milagres! Beijos!
ResponderExcluirTempo misterioso, compositor de destinos, tambor de todos os ritmos. Como disse Caetano, também quero entrar num acordo contigo. Música linda, texto idem. Um beijo, minha amiga.
ResponderExcluirAcho linda essa composição de Caetano!
ResponderExcluirObrigada, Marcelo e Sayonara!
Beijos
A vida é tudo isso sim, mas ganha vibração extra nas suas doces explicações. Você, Evelyne, pega na nossa mão, aponta o mundo e nos diz: olha, a vida é assim. As suas palavras têm um efeito bom, nos fazem compreender o tempo, pensar no prazer e na dor. Lendo você, podemos ter, mesmo que por momentos, o privilégio de viver poeticamente.
ResponderExcluirEu lhe agradeço por me ler assim, Mara! Beijos e boa quarta.
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