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Das mulheres
* Por Mariella Augusta
(Resposta ao colunista Fernando Masagão)
Cá estava, onde estou agora, a ler sem pressa o elogio do colunista Fernando Masagão às suas mulheres. E este tapa de texto vai a fim de respondê-lo.
Marcou forte o desatino dos homens pelas mulheres; darwinista que sou, não posso deixar de elucidá-lo.
Em principio tudo é muito bonito “flores e pontapés”. Mas se descortinarmos um pouco as coisas...as pétalas viram fraudes e os pontapés predomínio do mais forte.
Se as mulheres amam os homens? Quanta inocência! Ninguém ama ninguém. Estão todos a serviço da imperiosa natureza.
O macho procura o maior número de fêmeas. E a fêmea um macho para prover os filhotes e a abençoada sem talento, qual seja, a própria. “Nada de novo sob o sol”.
Julietas? Onde? Capitus? Onde? Nem isso, nem aquilo. É só obediência à natureza.
O desejo de procriar e lembrando Shopenhaeur e Lacan – o desejo de desejar.
Em qualquer, espécie notem bem, qualquer espécie – o macho deseja a fêmea mais recente do habitat; e as fêmeas, o reprodutor e provedor. Dois em um só? Impossível. Daí a infelicidade que choca a sociedade há tempos.
As angústias são do individuo. Mas daí eles inventaram o amor.
Amor? “este se refugiou no mais aberto dos subterrâneos”. Hoje as pessoas não sabem definir os sentimentos. Nenhum deles. Imaginem o amor. O inominável. O que não pode ser visto pela sua psiquê. Amor é o Daniel Day Lewis aprendendo a fazer sapatos na Itália e atendendo ao chamado do Scorsese para fazer aquele filme sujo. Amor é o jovem Espinosa debruçado a polir suas lentes. Amor é tomar cicuta por toda a humanidade. Aquilo que as pessoas fazem na frente de “Deus” e dos homens é bobagem. Pura tolice de parasitas que não entendem o segredo em que se enredaram.
Então não se esqueçam da lição do bom inglês: Mais forte, mais rico, mais inteligente, mais bonito. Para os homens a coisa não é seletiva. É cumulativa. Mulher troca. Homem acumula.
E o amor? Isso é coisa de poeta. Ao menos, Sr. Masagão, fale de algo mais carnal, mais perto dos homens e de mulheres de que tanto falou. A paixão, por exemplo. A obsessão do homem em ser escravo ou senhor.
Tive a oportunidade de ver o amor e a psiquê se encontrarem , por duas vezes. Oxalá, eu possa ver uma terceira. Ou ficarei para sempre entre os mortais.
Espero ter ajudado aos desavisados leitores e leitoras.
* Bacharel em Direito, mestranda da FFLCH (USP), escritora, autora de “O Fio de Cloto”, livro de contos prefaciado por Bruno Fregni Basseto, grande filólogo e vencedor do Prêmio Jabuti. Publicou crônicas no “Jornal das Artes” e artigos em várias revistas acadêmicas.
* Por Mariella Augusta
(Resposta ao colunista Fernando Masagão)
Cá estava, onde estou agora, a ler sem pressa o elogio do colunista Fernando Masagão às suas mulheres. E este tapa de texto vai a fim de respondê-lo.
Marcou forte o desatino dos homens pelas mulheres; darwinista que sou, não posso deixar de elucidá-lo.
Em principio tudo é muito bonito “flores e pontapés”. Mas se descortinarmos um pouco as coisas...as pétalas viram fraudes e os pontapés predomínio do mais forte.
Se as mulheres amam os homens? Quanta inocência! Ninguém ama ninguém. Estão todos a serviço da imperiosa natureza.
O macho procura o maior número de fêmeas. E a fêmea um macho para prover os filhotes e a abençoada sem talento, qual seja, a própria. “Nada de novo sob o sol”.
Julietas? Onde? Capitus? Onde? Nem isso, nem aquilo. É só obediência à natureza.
O desejo de procriar e lembrando Shopenhaeur e Lacan – o desejo de desejar.
Em qualquer, espécie notem bem, qualquer espécie – o macho deseja a fêmea mais recente do habitat; e as fêmeas, o reprodutor e provedor. Dois em um só? Impossível. Daí a infelicidade que choca a sociedade há tempos.
As angústias são do individuo. Mas daí eles inventaram o amor.
Amor? “este se refugiou no mais aberto dos subterrâneos”. Hoje as pessoas não sabem definir os sentimentos. Nenhum deles. Imaginem o amor. O inominável. O que não pode ser visto pela sua psiquê. Amor é o Daniel Day Lewis aprendendo a fazer sapatos na Itália e atendendo ao chamado do Scorsese para fazer aquele filme sujo. Amor é o jovem Espinosa debruçado a polir suas lentes. Amor é tomar cicuta por toda a humanidade. Aquilo que as pessoas fazem na frente de “Deus” e dos homens é bobagem. Pura tolice de parasitas que não entendem o segredo em que se enredaram.
Então não se esqueçam da lição do bom inglês: Mais forte, mais rico, mais inteligente, mais bonito. Para os homens a coisa não é seletiva. É cumulativa. Mulher troca. Homem acumula.
E o amor? Isso é coisa de poeta. Ao menos, Sr. Masagão, fale de algo mais carnal, mais perto dos homens e de mulheres de que tanto falou. A paixão, por exemplo. A obsessão do homem em ser escravo ou senhor.
Tive a oportunidade de ver o amor e a psiquê se encontrarem , por duas vezes. Oxalá, eu possa ver uma terceira. Ou ficarei para sempre entre os mortais.
Espero ter ajudado aos desavisados leitores e leitoras.
* Bacharel em Direito, mestranda da FFLCH (USP), escritora, autora de “O Fio de Cloto”, livro de contos prefaciado por Bruno Fregni Basseto, grande filólogo e vencedor do Prêmio Jabuti. Publicou crônicas no “Jornal das Artes” e artigos em várias revistas acadêmicas.
Nessa corrida carnal não há empate, apenas perdedores:homens e mulheres.
ResponderExcluirQue horror...Sem palavras.
ResponderExcluirAbraços