
Romance do silêncio
* Por Guilherme de Almeida
O cinema do tempo de Carlito.
Duas estrelas conversando no infinito
à espera do cigarro evaporado.
Um relógio parado.
Livros na estante.
O nariz verde na vidraça vigilante.
Sopros do céu.
Gestos de véu.
O auto que pára numa esquina: asfalto e pneus.
Salto do coração: “Meu Deus! Meu Deus!”
Pés cautelosos pela escada de pelúcia.
A raposa prateada e os seus olhos de astúcia.
A mão que se abandona.
As luvas, o chapéu e a bolsa na poltrona.
Um gosto de batom.
O movimento de onda do edredon.
O cortinado – anjo-da-guarda – abrindo as asas.
A manhã cor de cinza sobre brasas.
A plataforma antes que o trem chegasse.
O caminho da lágrima na face.
Uma carta extraviada.
Um telefone que não respondeu
nada
Eu.
• Poeta, nascido em Campinas/SP, que ostentou o título de “O Príncipe dos Poetas Brasileiros”.
* Por Guilherme de Almeida
O cinema do tempo de Carlito.
Duas estrelas conversando no infinito
à espera do cigarro evaporado.
Um relógio parado.
Livros na estante.
O nariz verde na vidraça vigilante.
Sopros do céu.
Gestos de véu.
O auto que pára numa esquina: asfalto e pneus.
Salto do coração: “Meu Deus! Meu Deus!”
Pés cautelosos pela escada de pelúcia.
A raposa prateada e os seus olhos de astúcia.
A mão que se abandona.
As luvas, o chapéu e a bolsa na poltrona.
Um gosto de batom.
O movimento de onda do edredon.
O cortinado – anjo-da-guarda – abrindo as asas.
A manhã cor de cinza sobre brasas.
A plataforma antes que o trem chegasse.
O caminho da lágrima na face.
Uma carta extraviada.
Um telefone que não respondeu
nada
Eu.
• Poeta, nascido em Campinas/SP, que ostentou o título de “O Príncipe dos Poetas Brasileiros”.
Os hábitos mudam: viagem de trem, telefone; mas o amor fica do mesmo tamanho e jeito.
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