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Se...
* Por Rudyard Kipling
Se és capaz de manter a tua calma quando
todo o mundo em redor já a perdeu e te culpa,
de crer em ti quando estão todos duvidando
e para esses, no entanto, achar uma desculpa;
se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso.
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso;
se és capaz de pensar – sem que a isso te atires;
de sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores;
se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires
tratar da mesma forma a esses dois impostores;
se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
em armadilhas as verdades que disseste
e as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste;
se és capaz de arriscar numa única parada
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
e perder e, ao perder, sem nunca dizeres nada,
resignado, tornar ao ponto de partida;
de forçar o coração, nervos, músculos, tudo
a dar seja o que for que neles ainda existe,
e a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda ordena: persiste!
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes;
e, entre reis, não perder a naturalidade
e de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes;
se a todos podes ser de alguma utilidade;
e se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo o valor e brilho,
tua é a terra como tudo o que existe no mundo,
e – o que ainda é muito mais –, és um homem, meu filho!
(Tradução de Guilherme de Almeida).
* Jornalista e escritor britânico, nascido em Bombaim, na Índia. É tido como principal representante da literatura imperialista. Ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 1907.
* Por Rudyard Kipling
Se és capaz de manter a tua calma quando
todo o mundo em redor já a perdeu e te culpa,
de crer em ti quando estão todos duvidando
e para esses, no entanto, achar uma desculpa;
se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso.
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso;
se és capaz de pensar – sem que a isso te atires;
de sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores;
se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires
tratar da mesma forma a esses dois impostores;
se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
em armadilhas as verdades que disseste
e as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste;
se és capaz de arriscar numa única parada
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
e perder e, ao perder, sem nunca dizeres nada,
resignado, tornar ao ponto de partida;
de forçar o coração, nervos, músculos, tudo
a dar seja o que for que neles ainda existe,
e a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda ordena: persiste!
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes;
e, entre reis, não perder a naturalidade
e de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes;
se a todos podes ser de alguma utilidade;
e se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo o valor e brilho,
tua é a terra como tudo o que existe no mundo,
e – o que ainda é muito mais –, és um homem, meu filho!
(Tradução de Guilherme de Almeida).
* Jornalista e escritor britânico, nascido em Bombaim, na Índia. É tido como principal representante da literatura imperialista. Ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 1907.
Engraçado...li esse texto ontem.
ResponderExcluirE o associo ao texto do Pedro.
Ser capaz de levantar a cabeça
e mantê-la erguida, não por orgulho
mas, simplesmente por ter fé na vida.