segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010




Fome de amor

* Por Celamar Maione

Espalhei incenso
de alecrim
para receber
a magia
do amor
borrifei
perfume de rosas
lençois de algodão
cortinas de cetim
vestido cor de marfim
taças de champanhe
cerejas
luz degradê
você
se aninhou
em meus braços
beijou minha boca
arrepiou minha
alma
depois partiu
igual bicho
feroz
uivando
madrugada
a dentro
me deixando

sem alimento

* Radialista e jornalista, trabalhou como produtora, repórter e redatora nas Rádios Fm O DIA, Tropical e Rádio Globo. Foi Produtora-Executiva da Rádio Tupi. Lecionou Telemarketing, atendimento ao público e comportamento do Operador , mas sua paixão é escrever, notadamente poesias e contos.

4 comentários:

  1. E quem há de nos saciar?
    Bendita fome que nos mantém
    vivas.
    Lindo Cel.
    Beijos

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  2. Lindo esse despertar. E não foi em vão. A inapetência é pior do que a fome não atendida, não saciada.

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  3. É muito triste você preparar todo o clima e ficar com fome. Poema pra se pensar. Lindo!
    Beijos

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  4. Fome de amar é insaciável, ciclotímica, bipolar. Mas bem vinda fome, gente.

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