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O casamento
* Por Gibran Khalil Gibran
Nascestes um para o outro e juntos ficareis para sempre.
Juntos estareis, quando as brancas asas da morte descerem sobre vós.
Sim, juntos sempre estareis, até no silencioso pensamento de Deus.
Que haja, porém, na vossa união, espaço.
Que os ventos do céu perpassem entre vós.
Amai-vos um ao outro, mas do amor não façais um estorvo.
Antes seja ele uma torrente instável
entre as margens de vossas almas.
Enchei um a taça do outro,
mas não bebais na mesma taça.
Partilhai o vosso pão, mas não comais do mesmo bocado.
Cantai e dançai juntos, sede alegres,
no entanto, cada um permaneça isolado,
como as cordas do alaúde ao vibrarem sob a mesma música.
Dai-vos mutuamente os vossos corações,
mas não como guarda um do outro,
pois apenas a mão da vida pode contê-los.
Permanecei juntos, mas não perto demais,
pois as pilastras do templo observem entre si certa distância,
e o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro.
Vossos filhos não são vossos filhos
mas filhos e filhas da própria aspiração da vida.
Vêm por vosso intermédio, mas não de vós.
E, apesar de serem vossos, não vos pertencem.
Podeis dar-lhes o vosso amor, mas não vossos pensamentos
pois eles têm os seus.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas,
pois estas moram na mansão do amanhã,
a qual não podereis visitar, nem mesmo em sonhos.
Podeis tentar ser como eles, mas não tentar torná-los iguais a vós,
porquanto a vida não anda para trás, nem pára no dia de ontem:
vós sois o arco pelo qual vossos filhos, como flechas, são arremessados.
O Arqueiro vê o alvo no infinito
e, com sua força vos torna tensos a fim de que as flechas
possam voar longe e depressa.
Seja para vós alegria o adaptar-se à mão do Arqueiro,
pois tanto ele ama a flecha que voa
quanto o arco que permanece estável.
(O Profeta).
* Por Gibran Khalil Gibran
Nascestes um para o outro e juntos ficareis para sempre.
Juntos estareis, quando as brancas asas da morte descerem sobre vós.
Sim, juntos sempre estareis, até no silencioso pensamento de Deus.
Que haja, porém, na vossa união, espaço.
Que os ventos do céu perpassem entre vós.
Amai-vos um ao outro, mas do amor não façais um estorvo.
Antes seja ele uma torrente instável
entre as margens de vossas almas.
Enchei um a taça do outro,
mas não bebais na mesma taça.
Partilhai o vosso pão, mas não comais do mesmo bocado.
Cantai e dançai juntos, sede alegres,
no entanto, cada um permaneça isolado,
como as cordas do alaúde ao vibrarem sob a mesma música.
Dai-vos mutuamente os vossos corações,
mas não como guarda um do outro,
pois apenas a mão da vida pode contê-los.
Permanecei juntos, mas não perto demais,
pois as pilastras do templo observem entre si certa distância,
e o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro.
Vossos filhos não são vossos filhos
mas filhos e filhas da própria aspiração da vida.
Vêm por vosso intermédio, mas não de vós.
E, apesar de serem vossos, não vos pertencem.
Podeis dar-lhes o vosso amor, mas não vossos pensamentos
pois eles têm os seus.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas,
pois estas moram na mansão do amanhã,
a qual não podereis visitar, nem mesmo em sonhos.
Podeis tentar ser como eles, mas não tentar torná-los iguais a vós,
porquanto a vida não anda para trás, nem pára no dia de ontem:
vós sois o arco pelo qual vossos filhos, como flechas, são arremessados.
O Arqueiro vê o alvo no infinito
e, com sua força vos torna tensos a fim de que as flechas
possam voar longe e depressa.
Seja para vós alegria o adaptar-se à mão do Arqueiro,
pois tanto ele ama a flecha que voa
quanto o arco que permanece estável.
(O Profeta).
Respeitar o outro dentro da sua individualidade.
ResponderExcluirHá muito não lia um texto do Gibran.
Obrigado.