
Criacionismo ou Evolucionismo?
* Por Fausy Dias
A religião e a ciência, a fé e o conhecimento – empíricos ou não – sempre andaram juntos, até a apresentação das teses de Copérnico e, mais tarde, de Darwin, que bateram de frente com as leis da igreja na época. O primeiro fez com que a Terra se tornasse apenas mais um elemento de um sistema, deixando de ser o centro do Universo; o segundo demonstrou a evolução dos seres existentes na Terra, a partir de um ser primitivo e inferior, criando a seleção natural, e mostrou a possibilidade do homem e do macaco terem um mesmo ancestral em comum.
Surge, então, o conflito entre duas palavras muito badaladas desde o fim do século passado: evolucionismo e criacionismo. Os seus seguidores vivem, em sua maioria, tentando argumentar e derrubar as teses do outro. Enfrentam-se em disputas religiosas, invocando ora a Bíblia, ora os fósseis, em disputas jurídicas, como no Julgamento do Macaco nos EUA, ou em disputas científicas, onde teses são apresentadas de maneira a proteger uma ou outra idéia.
Como muitos já falaram, todo radicalismo é burro. Exemplos não faltam. Quantos perderão a vida nas inquisições religiosas? Quantos já perderam a vida devido à tese da eugenia?
Com todo o conhecimento gerado neste ínfimo tempo, seja ele divino ou geológico, ainda não se descartou a existência de um ser superior, pois, sendo puramente cientificista, as informações existentes só chegaram até três minutos antes do “big bang”. E antes? O que existia? Seria o nada ou foi apenas o toque divino que deu início a tudo?
Pode-se pensar em duas questões, aonde se inicia o que se tem hoje. Se existia o nada, como tudo surgiu? E, se existia um ponto organizado no universo, único, como a desordem aconteceu?
Tanto na ordem como na desordem deve existir o equilíbrio. E esta é a coisa mais buscada pelo homem: o seu equilíbrio. Mas este ponto de equilíbrio, quando se pensa cientificamente ou religiosamente, esbarra no acaso ou no caos, que compõem o livre arbítrio do homem. A escolha do homem é que constrói a sua história, tanto religiosa como científica.
Portanto, na busca do equilíbrio, o bom senso sempre foi a melhor estrada a ser seguida. Nem muito para direita, nem muito para esquerda. Nem muita religiosidade, nem muita cientificidade. Os chineses são sábios neste assunto: para que haja progresso do espírito e da matéria humana, as duas têm que estar em equilíbrio. Uma não anda sem a outra.
* Colaborador do Literário
* Por Fausy Dias
A religião e a ciência, a fé e o conhecimento – empíricos ou não – sempre andaram juntos, até a apresentação das teses de Copérnico e, mais tarde, de Darwin, que bateram de frente com as leis da igreja na época. O primeiro fez com que a Terra se tornasse apenas mais um elemento de um sistema, deixando de ser o centro do Universo; o segundo demonstrou a evolução dos seres existentes na Terra, a partir de um ser primitivo e inferior, criando a seleção natural, e mostrou a possibilidade do homem e do macaco terem um mesmo ancestral em comum.
Surge, então, o conflito entre duas palavras muito badaladas desde o fim do século passado: evolucionismo e criacionismo. Os seus seguidores vivem, em sua maioria, tentando argumentar e derrubar as teses do outro. Enfrentam-se em disputas religiosas, invocando ora a Bíblia, ora os fósseis, em disputas jurídicas, como no Julgamento do Macaco nos EUA, ou em disputas científicas, onde teses são apresentadas de maneira a proteger uma ou outra idéia.
Como muitos já falaram, todo radicalismo é burro. Exemplos não faltam. Quantos perderão a vida nas inquisições religiosas? Quantos já perderam a vida devido à tese da eugenia?
Com todo o conhecimento gerado neste ínfimo tempo, seja ele divino ou geológico, ainda não se descartou a existência de um ser superior, pois, sendo puramente cientificista, as informações existentes só chegaram até três minutos antes do “big bang”. E antes? O que existia? Seria o nada ou foi apenas o toque divino que deu início a tudo?
Pode-se pensar em duas questões, aonde se inicia o que se tem hoje. Se existia o nada, como tudo surgiu? E, se existia um ponto organizado no universo, único, como a desordem aconteceu?
Tanto na ordem como na desordem deve existir o equilíbrio. E esta é a coisa mais buscada pelo homem: o seu equilíbrio. Mas este ponto de equilíbrio, quando se pensa cientificamente ou religiosamente, esbarra no acaso ou no caos, que compõem o livre arbítrio do homem. A escolha do homem é que constrói a sua história, tanto religiosa como científica.
Portanto, na busca do equilíbrio, o bom senso sempre foi a melhor estrada a ser seguida. Nem muito para direita, nem muito para esquerda. Nem muita religiosidade, nem muita cientificidade. Os chineses são sábios neste assunto: para que haja progresso do espírito e da matéria humana, as duas têm que estar em equilíbrio. Uma não anda sem a outra.
* Colaborador do Literário
Gostei muito! Conseguiu dar leveza para falar de assuntos áridos...Parabéns!
ResponderExcluirPelo que sei, Charles Darwin não criou a seleção natural, mas o seu corolário. Há espaço no mundo para todas as crenças e também para a ausência delas. O próprio naturalista, alertado pela esposa e pela sua fé, tardou demais a publicar o seu livro" A origem da espécies". Temos de nos curvar a genialidade desse homem, e a você, Faysy Dias, obrigada por nos trazer esse tema.
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