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Jeito diferente de ler
A poesia é, sabidamente, um dos gêneros mais difíceis, se não for o mais difícil, da Literatura e exige do poeta talentos especiais para a produção de obras consistentes, duradouras e de real valor literário. O leigo não entende que seja assim. Escreve textinhos tacanhos, não raro eivados de erros de toda a sorte, e acha que se tratam de “poemas” transcendentais, embora tenham rimas pobres (quando têm) e lugares-comuns em profusão.
Raras são as pessoas que nunca “perpetraram” alguns versos, notadamente quando apaixonadas, em geral elogiados pelo alvo da sua “inspiração”. Pudera! Não se trata, obviamente, de poesia, não pelo menos aquela que sensibiliza a quem venha a ler essas garatujas infantis com olhar e senso crítico aguçados. E quem perpetra esses versinhos, raramente é poeta, de fato.
Ademais, não se pode ler um poema da mesma forma que se lê um jornal, ou uma revista, ou uma placa na rua, ou mesmo textos de outros gêneros. O poeta expressa seus sentimentos, via de regra, através de metáforas que, se forem interpretadas ao pé da letra, soarão como conversa de doido. Expressões como “brado dos sapos em lagoas de luz” ou “lágrimas de estrelas”, claro, não podem ser interpretadas em sentido literal.
Há um jeito diferente de se ler poesia. Requer-se uma predisposição emocional para se entender a mensagem que o poeta quis transmitir. É um tipo de texto para ser “sentido” e não meramente interpretado pelo cérebro. A melhor forma de lê-lo, para “senti-lo” em toda a sua grandeza e profundidade, é fazê-lo em voz alta, atentando para a pontuação (quando existir).
Quem adquire o hábito de ler poesia, jamais o abandona. É um prazer estético como poucos. Vibra com cada metáfora bem-construída e chega a sentir na pele a emoção que o poeta transmite. É, de fato, um gênero difícil, mas também, dos mais belos (se não o mais belo) quando quem a ele recorre o faz com talento e competência.
Boa leitura.
O Editor.
A poesia é, sabidamente, um dos gêneros mais difíceis, se não for o mais difícil, da Literatura e exige do poeta talentos especiais para a produção de obras consistentes, duradouras e de real valor literário. O leigo não entende que seja assim. Escreve textinhos tacanhos, não raro eivados de erros de toda a sorte, e acha que se tratam de “poemas” transcendentais, embora tenham rimas pobres (quando têm) e lugares-comuns em profusão.
Raras são as pessoas que nunca “perpetraram” alguns versos, notadamente quando apaixonadas, em geral elogiados pelo alvo da sua “inspiração”. Pudera! Não se trata, obviamente, de poesia, não pelo menos aquela que sensibiliza a quem venha a ler essas garatujas infantis com olhar e senso crítico aguçados. E quem perpetra esses versinhos, raramente é poeta, de fato.
Ademais, não se pode ler um poema da mesma forma que se lê um jornal, ou uma revista, ou uma placa na rua, ou mesmo textos de outros gêneros. O poeta expressa seus sentimentos, via de regra, através de metáforas que, se forem interpretadas ao pé da letra, soarão como conversa de doido. Expressões como “brado dos sapos em lagoas de luz” ou “lágrimas de estrelas”, claro, não podem ser interpretadas em sentido literal.
Há um jeito diferente de se ler poesia. Requer-se uma predisposição emocional para se entender a mensagem que o poeta quis transmitir. É um tipo de texto para ser “sentido” e não meramente interpretado pelo cérebro. A melhor forma de lê-lo, para “senti-lo” em toda a sua grandeza e profundidade, é fazê-lo em voz alta, atentando para a pontuação (quando existir).
Quem adquire o hábito de ler poesia, jamais o abandona. É um prazer estético como poucos. Vibra com cada metáfora bem-construída e chega a sentir na pele a emoção que o poeta transmite. É, de fato, um gênero difícil, mas também, dos mais belos (se não o mais belo) quando quem a ele recorre o faz com talento e competência.
Boa leitura.
O Editor.
A minha mãe tinha uma visão negativa em relação a versos, como também à ópera. Cresci achando que era verdade. Dessa forma, demorei a entender poesia, se é que entendo. É muito difícil, mas pela sonoridade e cadência, já dá para ter prazer na leitura que deverá ser feita com muita atenção e tempo. Mesmo assim passo longe da intenção do poeta.
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