domingo, 7 de junho de 2009


Inclusão digital

O advento do computador pessoal foi, sem dúvida, um grande avanço para a difusão de conhecimentos e informações e para a comunicação instantânea e mais eficaz entre as pessoas. Provavelmente, foi a maior revolução de todos os tempos nesse campo.
Para impedir sua elitização, porém, fizeram-se (e ainda fazem-se) várias campanhas, objetivando a inclusão digital daquelas pessoas sem recursos para a aquisição sequer do essencial para a sobrevivência, quanto mais desse hoje importantíssimo equipamento.
Foram criadas organizações não-governamentais várias para isso e o governo federal passou a dar incentivos para incluir milhões de brasileiros nesse novo mundo que se descortina. Empresas e pessoas doaram milhares e milhares de computadores, usados, mas em bom estado, transferidos para entidades assistenciais, escolas e comunidades carentes.
Claro que, mesmo assim, nem todos terão acesso, de uma forma ou de outra, a esse bem. Querer isso é apostar na utopia, embora essa aposta deva ser feita por idealistas de todas as idades. Mas as ações no sentido de evitar que a exclusão aconteça ou seja muito extensa vêm tendo, se não total, pelo menos parcial sucesso.
“E o que isso tem a ver com literatura?”. Muito! A internet, hoje, por exemplo, já nos possibilita o acesso às principais bibliotecas do mundo. Livros que antes estavam rigorosamente fora do nosso alcance – ou por sua raridade ou pelo seu alto preço – já podem ser lidos e estudados no recesso do nosso lar, exigindo, de nós, somente, que façamos o “link” adequado e correto para acessá-los. Parece mágica, mas não é.
Ademais, sem esse instrumento que, felizmente, se populariza mais e mais, não existiria o Literário. Não, pelo menos, com essa abrangência, liberdade e universalidade que tem. Quanto mais pessoas tiverem acesso ao computador, portanto, maior será o nosso potencial de divulgação e assimilação dos textos dos jornalistas e escritores que nos dão a honra e o privilégio de integrar nosso círculo de colunistas e colaboradores.
O tema referente à leitura na internet é muito amplo e prometemos explorá-lo bastante, nos próximos dias, mesmo que não venhamos a esgotá-lo. Empenhemo-nos, pois, mais e mais, para o sucesso desse esforço nacional pela inclusão digital. Afinal, ele só trará benefícios (alguns até insuspeitados) para todos.

Boa leitura.

O Editor.

Um comentário:

  1. O complicador dessa tentativa de inclusão digital é o alto custo da manutenção de um computador em perfeito funcionamento. Muitos aparelhos param de funcionar por incapacidade e/ou inabilidade dos usuários(professores em lugares mais remotos, ou nem tanto), e a imensa quantidade de virus, espiões e documentos temporários que acabam por travar o sistema. Não sei se em todos os lugares é assim, mas aqui em casa, onde há dois computadores, não se fica nem 30 dias sem a visita do técnico para manter os aparelhos em ordem. Começam a ficar lentos, a travar e a negar certas funções, que não há outro jeito e não ser gastar com isso. O acesso a internet também não é barato. Assim, fica o lembrete de que ter um computador é uma boa parte do caminho, mas faltam ainda outros ítens.

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