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Bons conselhos
* Por Evelyne Furtado
Eis a minha listinha de bons conselhos, assumidamente fundada na experiência e no que chamam pejorativamente de auto-ajuda, mas que com um bom filtro pode ser bem útil a qualquer pessoa. Essa foi feita para mim, mas compartilho com quem chegar a ler.
Que tal trocar os preconceitos por princípios? Os primeiros não servem para fazer de você uma pessoa melhor; os segundos são essenciais para sua orientação vida afora.
Seja educada, mas não descambe para a falsidade, nem se utilize de armas com as quais você não sabe lidar. Não se esqueça de que o tiro sempre sai pela culatra. Você não é boa estrategista e já está na hora de assumir isso.
Lembra do Manual da Prudência de Baltazar Gracian? Fez-lhe muito bem, mas talvez tenha podado um pouco sua postura independente. Não precisa gritar, mas ficar muda é nocivo ao seu espírito livre.
Preste atenção: definitivamente: não inventaram a máquina do tempo, por isso, o que foi feito é imutável. Você agiu como podia e sempre pediu perdão. Não se repita, mas largue qualquer resto
de culpa que porventura ainda exista por aí, ok?
Chute o balde e esvazie a valorização excessiva aos que lhe avaliam. Você nunca irá alcançar o nível de exigência dos outros, principalmente daqueles que procuram defeitos ao invés de qualidades.
Jogue fora a obrigação de ser boazinha. Tem gente que não merece sua bondade, portanto, guarde para quem a mereça. Você já pagou essa matéria e continua levando bomba. Está mais do que na hora de passar adiante.
Cuidado com as concessões. Às vezes elas são inevitáveis, mas não se curve a ponto de forçar a coluna. Você já conhece a pinçada na lombar.
Ouça o que quiser, dance como sabe dançar, cante em alto e bom som a música do dia. Tente não se preocupar com os passos errados ou com as notas dissonantes. Tropeçando ou desafinando você pode ser feliz.
Desista de salvar o mundo, assim será mais fácil cuidar do que está mais perto de você, e especialmente, de quem está bem próximo do seu coração.
Trate-se bem, pois não há outra pessoa no mundo que conheça suas necessidades tanto quanto você. Procure saber o que lhe fará sentir-se melhor. Dá para realizar? Então, vá em frente, caso contrário, troque por outra coisa que a satisfaça.
Desfaça-se dos vínculos que a imobilizam e que lhe são absolutamente desnecessários. Os laços importantes requerem muito de você, então não desperdice energia.
Continue trabalhando o medo de errar, pois esse é o único meio de aprender mais. O erro é um degrau na escada da humildade, além do mais existem erros lindos de viver.
Permita-se ser frágil, todos nós somos e quem menos parece ser talvez seja muito mais do que você. A teoria do super homem de Nietszche não deu certo na prática, graças a Deus!
Chore quando sentir vontade. Mas, não exagere, você pode se afogar. Não caia na tirania da felicidade a todo custo. Isso é uma falácia que só traz mais infelicidade.
Ria de si mesma. A sensação é das mais libertadoras. Não se leve a sério em excesso. Você flui melhor assim.
Mantenha-se em contato com sua espontaneidade. É dessa honestidade que nascerão os gestos mais éticos, os afagos mais doces e as suas melhores virtudes.
Enfim, escreva o que lhe vier á cabeça. Você não está concorrendo ao Prêmio Nobel da Literatura, portanto relaxe e se dê ao desfrute.
* Poetisa e cronista de Natal/RN
* Por Evelyne Furtado
Eis a minha listinha de bons conselhos, assumidamente fundada na experiência e no que chamam pejorativamente de auto-ajuda, mas que com um bom filtro pode ser bem útil a qualquer pessoa. Essa foi feita para mim, mas compartilho com quem chegar a ler.
Que tal trocar os preconceitos por princípios? Os primeiros não servem para fazer de você uma pessoa melhor; os segundos são essenciais para sua orientação vida afora.
Seja educada, mas não descambe para a falsidade, nem se utilize de armas com as quais você não sabe lidar. Não se esqueça de que o tiro sempre sai pela culatra. Você não é boa estrategista e já está na hora de assumir isso.
Lembra do Manual da Prudência de Baltazar Gracian? Fez-lhe muito bem, mas talvez tenha podado um pouco sua postura independente. Não precisa gritar, mas ficar muda é nocivo ao seu espírito livre.
Preste atenção: definitivamente: não inventaram a máquina do tempo, por isso, o que foi feito é imutável. Você agiu como podia e sempre pediu perdão. Não se repita, mas largue qualquer resto
de culpa que porventura ainda exista por aí, ok?
Chute o balde e esvazie a valorização excessiva aos que lhe avaliam. Você nunca irá alcançar o nível de exigência dos outros, principalmente daqueles que procuram defeitos ao invés de qualidades.
Jogue fora a obrigação de ser boazinha. Tem gente que não merece sua bondade, portanto, guarde para quem a mereça. Você já pagou essa matéria e continua levando bomba. Está mais do que na hora de passar adiante.
Cuidado com as concessões. Às vezes elas são inevitáveis, mas não se curve a ponto de forçar a coluna. Você já conhece a pinçada na lombar.
Ouça o que quiser, dance como sabe dançar, cante em alto e bom som a música do dia. Tente não se preocupar com os passos errados ou com as notas dissonantes. Tropeçando ou desafinando você pode ser feliz.
Desista de salvar o mundo, assim será mais fácil cuidar do que está mais perto de você, e especialmente, de quem está bem próximo do seu coração.
Trate-se bem, pois não há outra pessoa no mundo que conheça suas necessidades tanto quanto você. Procure saber o que lhe fará sentir-se melhor. Dá para realizar? Então, vá em frente, caso contrário, troque por outra coisa que a satisfaça.
Desfaça-se dos vínculos que a imobilizam e que lhe são absolutamente desnecessários. Os laços importantes requerem muito de você, então não desperdice energia.
Continue trabalhando o medo de errar, pois esse é o único meio de aprender mais. O erro é um degrau na escada da humildade, além do mais existem erros lindos de viver.
Permita-se ser frágil, todos nós somos e quem menos parece ser talvez seja muito mais do que você. A teoria do super homem de Nietszche não deu certo na prática, graças a Deus!
Chore quando sentir vontade. Mas, não exagere, você pode se afogar. Não caia na tirania da felicidade a todo custo. Isso é uma falácia que só traz mais infelicidade.
Ria de si mesma. A sensação é das mais libertadoras. Não se leve a sério em excesso. Você flui melhor assim.
Mantenha-se em contato com sua espontaneidade. É dessa honestidade que nascerão os gestos mais éticos, os afagos mais doces e as suas melhores virtudes.
Enfim, escreva o que lhe vier á cabeça. Você não está concorrendo ao Prêmio Nobel da Literatura, portanto relaxe e se dê ao desfrute.
* Poetisa e cronista de Natal/RN
Bons conselhos.
ResponderExcluirA vida é a busca do equilíbrio.
Complicado....risos
Eu acho que humor é fundamental.
Tem dias que eu o perco.
Tô procurando, Evelyne.Socorro !
Beijosssssssss
Li seu pedido de socorro a tempo, Cel? Humor é essencial mesmo. Vamos tentar não levar a vida muito a sério. Beijão e encontre logo. Obrigada.
ResponderExcluirDizem que se conselho fosse bom não se dava, se vendia. Já estes da Evelyne não têm preço. É pra se ler, emoldurar na parede de casa e levar para a vida, como preciosos legados. Um beijo e obrigado!
ResponderExcluirTem quem venda, Marcelo, mas fiz para pregar na parede,rs. Que bom você ter gostado. Quem agradece sou eu. Beijo e boa terça, Marcelo!
ResponderExcluirBons conselhos nunca são demais. e sses são ótimos. Vou colar ao lado do computador(risos).
ResponderExcluirBeijos
Adorei, Evelyne! O texto está ótimo, agora é só começar a colocar em prática! Vou tentar! Beijos!
ResponderExcluirEu, que adoro riscos, que amo o perigo, ganhei de presente, aqui, nesta crônica sensata, uma preciosa dica de leitura: o tal manual de prudência. Existe mesmo? Nunca ouvira falar, bem ao contrário de seus escritos, cara Eve, que se tornaram já obrigatórios à nossa leitura. Parabéns!
ResponderExcluirObrigada, Risomar e Sayonara eu também estou tentando praticá-los. Bjs
ResponderExcluirDaniel,O Manual da Prudência foi escrito por Baltazar Gracian, um jesuíta espanhol do século XVI. São aforismos. Alguns deliciosos; nada maçantes. Vale a pena! Obrigada pela leitura e abraços.
Não sei se luva ou carapuça, mas muitos dos seus conselhos me servem numa ou noutra fase da minha vida. Gostei muito da sugestão de não fazer concessões. A minha mãe dizia que "quem muito abaixa a b... aparece". Melhor fazer apenas uma leve mesura japonesa. É simpático e não significa subserviência. Outra: " esvazie a valorização excessiva aos que lhe avaliam". Uma amiga me disse sobre alguém que eu amo muito:
ResponderExcluir" Mas ele não isso tudo não!" Algumas vezes é preciso que alguém nos alerte antes que a vida nos arranque os olhos. Evelyne, escreva o que lhe der na telha. Faz bem ao seu e ao nosso coração. Parabéns!
Não é por acaso que às vezes sentimos como se levássemos o mundo nas costas. Um brinde a esse decálogo de libertação...
ResponderExcluirGostei da sugestão da mesura, Mara!Reverência não é submissão.Bjs
ResponderExcluirObrigada, Murta, tomar pé da vida de vez em quando é preciso.Abraços.