sábado, 16 de maio de 2009


Os mestres zens

* Por Eduardo Paes

Já se passava muito tempo... Aliás, eram outros tempos, outras vidas, outros mundos, um outro estado de espírito. A reunião já se estendia em demasia: horas, dias, meses, décadas, não sei ao certo. Mas apesar de não nos situarmos com clareza, no tempo e espaço, o clima era cordial, a discussão seguia de forma "acalorada", era filosofia pura. Discutiam, naquele instante, sobre o rumo da generosidade.
Como seria possível não haver, sequer, um ato de cordialidade como um simples cumprimento, ou um pedido de desculpas? Era difícil de se chegar a alguma conclusão. Não estavam certos se o mundo os deixara assim, ou eles é que mudaram o mundo. Parece que surgiu o primeiro impasse. Por que fariam isso? Surge o primeiro questionamento. Eles dependem desta Terra, tudo foi criado para eles, por que fariam isso? Eu não acredito. Mas lembre que não são feitos tão somente de bondade! Eu acredito que possam ser eles sim! Afinal, o mundo também não o poderia ter feito, a menos que algum mal lhe tivesse ocorrido antes, só pode ser isso! Era uma reflexão de gigantes. Penso que dificilmente alguém poderia concorrer. Do que valeria a opinião, ainda mais em questões tão sérias, eles não aceitariam, pensei eu.
Até que de súbito fui chamado. Eu? Questionei. Sim! Você mesmo! Conte-nos! O que sente? O que vê? Pois bem, acho que não sinto e tampouco vejo tão bem, mas, acompanhando vossos raciocínios, fico esperançoso de que ao menos os senhores encontrem algumas respostas. Como todos, a angústia que me sufoca é exatamente a dúvida que vos aflige. Também me pergunto constantemente, de que forma chegamos a este ponto? E daqui, para onde iremos agora? Eu ia prosseguir, quando um deles se levanta e me diz: não! Isso não nos aflige, aliás, não deveria afligir ninguém. Entendo que estejas angustiado e que talvez tenha muito mais do que uma simples dúvida em seu coração. Se pensarmos, algo precisa ser analisado.

O homem também o pode, só não faz com a freqüência necessária. Nada, nem ninguém deveriam lhe tirar a Paz! E na verdade, nada, nem ninguém têm esse poder. Reflita, mas de alma aberta, com o coração sereno, e por meio da Paz! É preciso que a adversidade se torne um elemento de crescimento e não de desconstrução. Faça de cada dúvida e adversidade presentes na sua vida, as oportunidades que lhe são necessárias. Assim é! De outra forma, não poderia ser.

*Eduardo Paes é jornalista, professor de português e realidade social econômica política da APROGHS (Associação Projeto Humanista Gente Solidária) de cursos pré-vestibular, âncora de tv e consultor empresarial do grupo Mídia Promoções.

Nenhum comentário:

Postar um comentário